Meus pais

Sexta-feira, 06 de março de 2015.

Hoje tive a grandeza de receber a visita de meus pais como também passar a amanhã toda com eles acompanhando na consulta médica. Naturalmente, com idade já bem avançada, eles estão cada vez mais carentes do auxilio dos filhos, porém nenhum dos sete mora próximo deles.

Quando temos filhos bem pequenos, colocamos na creche durante o dia ou pelo tempo que precisamos trabalhar. E quando estamos ficando velhos, a vida nos faz retroceder, voltando a sermos crianças, ou seja, dependentes. Então quando chega esse tempo de dependência, os filhos precisam ser responsáveis para cuidar em casa ou colocá-los no asilo, “creche”. E caso eles precisam ficar no asilo, ao contrário da creche infantil, devem permanecer alí aguardando ao menos a visita dos filhos. Não é assim? Já dizia meu saudoso padre Leo: Vocês devem cuidar  muito bem de vossos filhos, porque são eles que irão escolher o asilo que iram colocar vocês.

Enfim, sempre comparei a velhice com a infância, o asilo com a creche, e hoje vivenciando mais uma vez as limitações físicas de meus pais, percebo o quanto precisamos fazer do nossos lares boas creches de acolhimento para eles. E nesta semana na Internet conheci um asilo que se chama Creche do Idoso para reforçar mais ainda minhas comparações…

Nesta vida estamos caminhando e independente do nosso querer, o tempo passa, os cabelos brancos aparecem juntos com as dores de cabeça, coluna, dente e outras tantas. Então temos duas alternativas: Ficar velhos ou morrer antes de ver passar o processo da transformadão da perda de nossos sentidos. Então creio que seja melhor ficar velho que morrer cedo! E enquanto estamos por aqui, é melhor caminhar na fé no Deus que cuida de nós em todos os tempos e na eternidade!

O caminho do seguimento é o da fé. Caminhar na fé implica mover-se na obscuridade, convencido “das realidades que não se vêem” (Hb 11,1)


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