Terça-feira, 30 de junho de 2015.
Agora posso tomar sorvete sem sentir dores de dente. Posso caminhar mais a vontade, sair com a família para passear ou resolver as coisas, etc. Assim, hoje tivemos mais um dia juntos e ao meio dia saímos para o centro de metrô. Aproveitei o último dia do meu dentista e levamos o Tobias e a Clarissa para fazer uma profilaxia*, e ainda bem que eles só precisaram fazer uma limpeza preventiva. O Patrizio também fez uma consulta de vista para renovar seu óculos que há um bom tempo não usava mais. Enfim, na volta passamos na biblioteca do Sesc para trocar o meu livro e o da Clarissa. As cinco horas chegamos em casa. Agir assim mais livremente, com gastos com o dentista, consulta de vista, óculos e também semana passava compramos as malas e um tênis para mim, faz a gente pensar que só agora podemos usufruir de coisas necessárias e simples. Quando comprava meu tênis tentei lembrar e não conseguir, qual foi a última vez que sentei em uma sapataria para experimentar um sapato novo. Agora como criança não paro de olhar para meus pés mais colorido quando caminho.
Eu me sentia derrotado por não ter sapatos,
até que certo dia encontrei um homem
que não tinha pés. (Harols Abbott)
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O Sapato
Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus. Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora. A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou impossível recuperá-lo.
O homem tranqüilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.
Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:
- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?
O homem prontamente respondeu
- De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possui-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.
Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.
Autor desconhecido